Ora viva
Espero que estejam todos bem e faço votos que o ano de 2022 seja cheio das graças de Deus.
Espero que estejam todos bem e faço votos que o ano de 2022 seja cheio das graças de Deus.
NOTA PASTORAL
Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé
SEMANA NACIONAL DA EDUCAÇÃO CRISTÃ
17 a 24 de outubro de 2021
‘SINODALIDADE, O CAMINHO DA IGREJA NO TERCEIRO MILÉNIO’
A Igreja, no Concílio Vaticano II, é apresentada como “Povo de Deus” em
que todos os membros são enriquecidos com dons ou carismas do Espírito Santo
para participar ativa e responsavelmente na missão. Esta imagem renovada da
Igreja implica necessariamente um estilo sinodal, como tem recomendado o Papa
Francisco, desde o início do seu ministério petrino: “Importante é não caminhar
sozinho, mas ter sempre em conta os irmãos e, de modo especial, a guia dos
bispos” (EG 33). No cinquentenário da instituição do sínodo dos bispos (17 de
outubro de 2015), insistiu nesta opção: “O mundo, em que vivemos e que somos
chamados a amar e servir mesmo nas suas contradições, exige da Igreja o reforço
das sinergias em todas as áreas da sua missão. O caminho da sinodalidade é
precisamente o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milénio”. Aquilo
que o Senhor nos pede, de certo modo, está já tudo contido na palavra sínodo:
caminhar juntos.
Aliança educativa para uma humanidade mais fraterna
A necessidade de unir e conjugar esforços faz-se sentir de forma
especial no campo educativo. Nesse sentido, o Papa Francisco lançou, em 12 de
setembro de 2019, um convite para um encontro mundial em ordem a «Reconstruir o
pacto educativo global», afirmando: “Nunca, como agora, houve necessidade de
unir esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes
de superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido das relações em
ordem a uma humanidade mais fraterna”. Citou a propósito um provérbio africano:
“para educar uma criança é necessária uma aldeia inteira”. Mas essa aldeia,
acrescentou o Papa Francisco, temos de a construir como condição para a
educação.
O encontro veio a realizar-se apenas a 15 de outubro de 2020 devido às
dificuldades da pandemia. Mas este flagelo, notou o Papa na sua mensagem para
este dia, tornou ainda mais urgente o referido pacto educativo global “que
empenhe as famílias, as comunidades, as escolas e universidades, as instituições,
as religiões, os governantes, a humanidade inteira na formação de pessoas
maduras. Apelamos, em todas as partes do mundo, de maneira particular aos
homens e mulheres da cultura, da ciência e do desporto, aos artistas, aos
operadores dos meios de comunicação social, para que adiram – também eles – a
este pacto e, com o seu testemunho e trabalho, façam-se promotores dos valores
de desvelo, paz, justiça, bondade, beleza, acolhimento do outro e
fraternidade”.
Educadores cristãos empenhados na Aliança Educativa e na pedagogia
sinodal
Este desafio da aliança educativa e da pedagogia sinodal interessa
grandemente aos educadores cristãos. Em vez de cuidar apenas do seu grupo,
precisam de ser promotores da “aldeia global” integrando e conjugando a sua
atividade com todas as forças envolvidas no processo educativo: família,
escola, associações desportivas e culturais, catequese e atividades da
paróquia, Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), escola católica e outras.
Cada uma destas instituições precisa de conhecer, apoiar e unir os seus
esforços a todas as outras. De facto, assistimos ao emergir de uma época
diferente que não se coaduna com as perspetivas fechadas e exclusivistas de
algumas forças políticas ou sociais. A pandemia fez vir ao de cima a
interdependência e a urgência de colaboração de todas as componentes sociais.
Precisamos de caminhar para um novo modelo cultural que realce a solidariedade,
o valor da transcendência, a liberdade e dignidade de todas as pessoas e a
fraternidade social; um modelo que eduque para a capacidade de viver em relação
com os outros e de cuidar da casa comum. São recomendações insistentes do Papa
Francisco que um educador cristão não pode deixar de valorizar em ordem a
encontrar caminhos novos para uma educação integral.
Âmbitos da educação cristã que é necessário cuidar
1. A equipa de catequistas é chamada a tornar-se um
fermento de vida comunitária e de sinodalidade. Nesse sentido, os catequistas,
em comunhão com o pároco, organizem-se em equipa, com encontros periódicos,
diálogo constante entre eles e forte interação com a vida pastoral da
comunidade cristã (profética, litúrgica e social), pois é a comunidade a matriz
da vida cristã.
Outra preocupação da pedagogia sinodal da catequese é promover um
trabalho coordenado de pais e catequistas, através do diálogo, escuta da
opinião de cada um, envolvimento e valorização do contributo de ambos, reconhecendo
e criando condições para o protagonismo educativo da família. Nesse sentido,
procure cada comunidade cristã oferecer às famílias percursos de fé que as
ajudem a ter consciência da sua missão evangelizadora e as capacite para tal.
2. A Educação Moral e Religiosa Católica desenvolve-se,
igualmente, no seio de uma comunidade educativa. Desde logo, considere-se a
pessoa do aluno como centralidade dessa comunidade, no sentido de que os
esforços dos diversos agentes educativos convergem para a sua formação. O
desenvolvimento de uma ação educativa em espírito sinodal apela a que essa
colaboração se aprofunde, através de um diálogo mais estreito e articulado
entre todos: família, aluno, professores e outros educadores em presença na
escola.
A disciplina de EMRC surge, neste processo, com um contributo muito
relevante, na medida em que, através do docente de EMRC, ajuda a construir
laços entre os diferentes implicados. Enquanto estilo educativo, a sinodalidade
chama-o a realizar esta missão em estreita ligação, também, com os demais
professores de EMRC, com o Secretariado Diocesano, com a comunidade eclesial à
qual pertence e, igualmente, com aquela a que pertence a sua escola. Enviado
pela Igreja, é chamado a participar e mesmo protagonizar iniciativas que
impliquem a participação de todos, constituindo-se, com o seu testemunho e agir
cristãos, também ele, apoio e parceiro para os demais.
3. Nas escolas católicas todos os educadores são chamados
a fazer caminho juntos, interagindo, animando-se e apoiando-se no nobre serviço
a uma educação integral e integrante, “na qual sobressaem os valores de
inteligência, da vontade, da consciência e da fraternidade, valores que se
fundam em Deus Criador e que foram admiravelmente restaurados e elevados por
Cristo” (DC 105).
Porque o tempo que vivemos é sobretudo um tempo de esperança, de abertura
ao futuro, na redescoberta da originalidade da missão e de novos caminhos para
a realizar, não tenhamos medo de mergulhar no interior dos diferentes contextos
em que vive a humanidade, de pensar e percorrer o caminho juntos!
Festa de S.
Mateus, apóstolo e evangelista.
Lisboa, 21 de
setembro de 2021
RIO MAIOR13 e 27 de Novembro e 11 de Dezembro (Todo o Dia)
TOMAR5, 12,19,20,26 de Novembro e 3 e 10 de Dezembro (à noite)SANTARÉM6,13,20 e 27 de Novembro e 4 de Dezembro (à tarde )
Irá decorrer entre 23 e 24 de outubro, em Fátima, no Centro Paulo VI (Salão Bom Pastor), as Jornadas Nacionais de Catequistas, subordinadas ao tema «Sinodalidade e Catequese».
As Jornadas iniciam-se a 23 de outubro, no salão do Bom Pastor, m Fátima, com a intervenção de D. António Moiteiro, presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF), que analisa o tema «A Catequese: primeiro anúncio na família e na comunidade cristã», a partir das 10h30.
Segue-se a conferência «A sinodalidade na ação evangelizadora da Igreja» trazida à iniciativa pelo padre Tiago Freitas da Arquidiocese de Braga.
Após o almoço o padre Luis Miguel Figueiredo Rodrigues, da Universidade Católica Portuguesa, apresenta «A cultura digital e o desafio evangelizador para as comunidades cristãs».
Pelas 16h00 é apresentado o «Itinerário de iniciação à vida cristã com as famílias, com as crianças e com os adolescentes», pelo grupo de trabalho que conta com elementos várias Dioceses de Portugal.
Após um breve intervalo o padre Manuel Queirós, da Diocese de Vila Real, traz à reflexão «O Diretório para a Catequese: desafios à sinodalidade na catequese». A noite termina com a oração do Rosário e Procissão na Capelinha das Aparições, presididos por D. António Moiteiro.
Na manhã de domingo Isabel Oliveira e o padre Diogo José Pereira, da Diocese do Porto, proferem uma conferência subordinada ao tema «Catequista: discípulo e construtor de comunidade: desafios para uma pedagogia sinodal».
As Jornadas Nacionais de Catequistas 2021 encerram com a celebração da Eucaristia, na Basílica da Santíssima Trindade, presidida por D. Manuel Pelino, bispo emérito de Santarém e vogal da CEECDF.
(para mais informações consultar o programa clicando aqui)
Ora viva
Está a iniciar-se um novo ano pastoral e de catequese. No passado dia 25 de setembro teve lugar em Santarém:
Objetivo principal: Anunciar o Evangelho com as Famílias e os Jovens
No início do novo ano pastoral 2021-2022, o Bispo de Santarém D. José Traquina assinala na Carta Pastoral deste ano sobre a missão da Igreja do ponto de vista social, concretizada nas paróquias e movimentos, “funcionaram” as IPSS, a Cáritas Diocesana e os serviços paroquiais da pastoral socio-caritativa, e “muitos cristãos mantiveram discretamente um apoio voluntário na ação social a quem necessitava de apoio”.
No contexto da pandemia Covid-19, D. José Traquina refere que, “entre dificuldades e limitações”, desenvolveram-se modalidades novas de comunicação e encontro, nomeadamente o uso das plataformas digitais que “tende a continuar em simultâneo com a comunicação presencial”, no novo ano pastoral 2021/2022.
“As crises são desafios para a Igreja se redescobrir na sua vocação e missão. São oportunidades para revelar quem somos e o que somos capazes de fazer para assumir novo testemunho em tempo de mudança de época”, acrescentou.
O novo ano pastoral na Diocese de Santarém tem como objetivo principal ‘anunciar o Evangelho com as famílias e os jovens’, e é o terceiro de um projeto pastoral de seis anos que vai levar esta Igreja local até ao cinquentenário da sua criação, que se comemora em 2025.
Na sua carta de início de ano pastoral, D. José Traquina também faz sugestões às “paróquias em pós pandemia”, sobre a catequese, a pastoral juvenil e todos os movimentos e ações de espiritualidade e apostolado – “a serenidade confiante e procurar fazer bem, com empenho e qualidade” – e explica que a preocupação deve estar “mais assente na qualidade das propostas, do que na quantidade dos participantes”.
Sobre a liturgia, salienta que a Missa dominical “é o momento mais convergente de concentração dos cristãos na paróquia” e sugere “renovado empenho na qualidade das celebrações da Eucaristia”, desde a limpeza e decoração do espaço, até ao “cuidado indispensável” de preparação de todas as pessoas intervenientes.
No âmbito da ação social ou socio-caritativa, o bispo de Santarém afirma que “constitui um testemunho da comunidade celebrativa”, e, nesta altura, “acresce o cuidado por novas situações de isolamento e solidão, dificuldades económicas e o apoio possível a migrantes estrangeiros”.
O bispo de Santarém também reflete sobre o caminho sinodal, a vocação e lembra que a “vida cristã é vocação a uma vida com missão”; A diocese propõe como santos de referência 2021/2022 a Rainha Santa Isabel de Portugal, o padre franciscano São Maximiliano Maria Kolbe e o jovem beato Carlo Acutis.
D. José Traquina na sua homilia de Domingo de Páscoa desafia-nos a viver esta Páscoa pelos próximos dias:
"Pela frente temos o Tempo Pascal, cinquenta dias para celebrarmos a Páscoa e darmos testemunho. Se até aqui, o desafio foi a caminhada quaresmal para preparar a Páscoa. Agora, o desafio é o Tempo pascal como tempo oportuno e privilegiado para testemunhar a vida nova que Jesus promoveu com a sua Ressurreição. Como vamos traduzir a Páscoa na vida concreta? Que iniciativas extraordinárias podemos ter?
Para que se tenha força para um testemunho de Fé, indico quatro palavras como referência: oração, alegria, humildade e coragem. São palavras que bem encontramos no testemunho de Nossa Senhora. Que ela nos acompanhe como sempre acompanhou os discípulos de seu Filho."