sábado, 23 de fevereiro de 2013

Retiro e Dia de oração de Quaresma

Ora viva
Quaresma 2Relebramos que no proximo fim de semana, dias 2 e 3 de março irá decorrer em Fátima, no Centro Catequético, o retiro de quaresma, o qual será orientado pelo Padre Francisco Ruivo. No fim de semana seguinte, dia 9 de março irá ter lugar na Casa de Nossa do Carmo, no Santuário de Fátima o Dia de Oração de Quaresma. Pode obter mais informações aqui ou contactando por e-mail catequese.santarem@gmail.com, pjcampino@gmail.com.

II Domingo Quaresma

Do Evangelho de São Lucas (Lc 9, 28b-36)

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, João e Tiago e subiu ao monte, para orar. Enquanto orava, alterou-se o aspecto do seu rosto e as suas vestes ficaram de uma brancura refulgente. Dois homens falavam com Ele: eram Moisés e Elias, que, tendo aparecido em glória, falavam da morte de Jesus, que ia consumar-se em Jerusalém. Pedro e os companheiros estavam a cair de sono; mas, despertando, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com Ele. Quando estes se iam afastando, Pedro disse a Jesus: «Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias». Não sabia o que estava a dizer. Enquanto assim falava, veio uma nuvem que os cobriu com a sua sombra; e eles ficaram cheios de medo, ao entrarem na nuvem. Da nuvem saiu uma voz, que dizia: «Este é o meu Filho, o meu Eleito: escutai-O». Quando a voz se fez ouvir, Jesus ficou sozinho. Os discípulos guardaram silêncio e, naqueles dias, a ninguém contaram nada do que tinham visto.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

I Domingo da Quaresma

  Do Evangelho de São Lucas  (Lc 4, 1-13)

Naquele tempo, Jesus, cheio do Espírito Santo, retirou-Se das margens do Jordão. Durante quarenta dias, esteve no deserto, conduzido pelo Espírito, e foi tentado pelo Diabo. Nesses dias não comeu nada e, passado esse tempo, sentiu fome. 
O Diabo disse-lhe: «Se és Filho de Deus, manda a esta pedra que se transforme em pão». Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem’». 
O Diabo levou-O a um lugar alto e mostrou-Lhe num instante todos os reinos da terra e disse-Lhe: «Eu Te darei todo este poder e a glória destes reinos, porque me foram confiados e os dou a quem eu quiser. Se Te prostrares diante de mim, tudo será teu». Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Ao Senhor teu Deus adorarás, só a Ele prestarás culto’». 
Então o Diabo levou-O a Jerusalém, colocou-O sobre o pináculo do templo e disse-Lhe: «Se és Filho de Deus, atira-Te daqui abaixo, porque está escrito: ‘Ele dará ordens aos seus Anjos a teu respeito, para que Te guardem’; e ainda: ‘Na palma das mãos te levarão, para que não tropeces em alguma pedra’». Jesus respondeu-lhe: «Está mandado: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’». 
Então o Diabo, tendo terminado toda a espécie de tentação, retirou-se da presença de Jesus, até certo tempo.

Encontro Interdiocesano de Catequistas

Ora viva
Deixo aqui os acessos para as conferências do Encontro Interdiocesano de Catequistas:
-Pde.Gonçalo Diniz, conferência «Porque procurais entre os mortos?»(Lc 24, 5),  (encontra-se aqui).
-Pde. Alexandre Palma na conferência «A minha vida, sou Eu que a dou» (Jo 10, 18) - Porquê a morte de Jesus?(ver aqui)
-Mestre Maria Luísa Bóleo fez uma interessantíssima abordagem cateqúetica sobre «Os novíssimos no Catecismo da Igreja Católica» (consultar aqui).
- Esquema da recitação do rosário feita na Capelinha, no Sábado (esquema aqui)
-Conclusões dos trabalhos de grupo «Quer vivamos , quer morramos» (Rom 14, 8) - Morte, Juízo, Inferno ou Paraíso (disponível aqui)
Saudações em Cristo

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Mensagem de Quaresma de 2013- D. Manuel Pelino Domingues

TESTEMUNHAR A VIDA NOVA DOS FILHOS DE DEUS
Quaresma 2013

1. Intensificar a vivência da fé
Queridos diocesanos, irmãos e irmãs no Senhor: O tempo santo da quaresma e da páscoa é uma boa oportunidade para intensificarmos a vivência do ano da fé, procurando fortalecer e rejuvenescer a vida nova em Cristo. Lembro três dimensões da fé a que devemos prestar especial atenção neste ano:
A experiência espiritual de comunicação com Deus, fonte de luz, esperança e amor. Muitos esquecem a oração. Ora ser cristão não pode ser apenas uma tradição exterior mas uma experiência interior de encontro com Cristo Ressuscitado, “fonte de alegria e de renovado entusiasmo” (P F 2), que está vivo e nos acompanha. Para fortalecer a experiência deste encontro gratificante, como Jesus nos ensina no retiro do deserto, precisamos de cuidar do ritmo diário da oração, de escutar mais atentamente a palavra de Deus, de reconhecer e amar a Deus, único Senhor.
Conhecer melhor o tesouro da fé. Em tempos de descrença e de suspeitas sobre a fé católica, precisamos de nos esclarecer sobre o fundamento do cristianismo: em quem acreditamos e porque acreditamos? Assim podemos vivê-lo com alegria e enfrentar sem medo os preconceitos, as críticas mal-intencionadas e a insegurança.
Testemunhar a fé. Somos chamados a colaborar ativamente numa nova evangelização. Muitos se afastam e deixam apagar a luz da fé. Verifica-se, por outro lado, uma rutura na transmissão da fé às novas gerações. Neste ambiente de descrença, nós fiéis, que recebemos a luz de Cristo, devemos ir ao encontro dos que não vêm e indicar o caminho da verdade e da vida. O ano da fé é também um convite a cada fiel e a cada comunidade para realizar iniciativas missionárias que evangelizem os afastados.
2. Exercícios espirituais
Para fortalecermos a fé, nas dimensões atrás referidas, a igreja recomenda-nos alguns exercícios espirituais:
Retiro, tempo em que nos retiramos da dispersão quotidiana para criarmos ambiente de silêncio e de procura de Deus. Todos precisamos de momentos de meditação e concentração na oração para vencermos a superficialidade e prestarmos atenção à presença de Deus. Procuremos, portanto, encontrar espaços e oportunidades para meditação espiritual ou retiro a sós, em comunidade ou participando em retiros diocesanos.
Escuta da Palavra de Deus.Nos livros sagrados, o Pai que está nos céus, vem amorosamente ao encontro dos seus filhos a conversar com eles” (DV 21). Procuremos fazer um programa onde haja tempo para a “ lectio divina” (a sós; ou em grupo; ou em comunidade); não deixemos, este ano, de fazer a leitura do evangelho de São Lucas; cuidemos da escuta atenta e frutuosa dos textos litúrgicos; participemos em encontros de formação cristã; dediquemo-nos a leituras de teor espiritual.
Reaprender a oração.Senhor ensina-nos a rezar”, pediram os apóstolos e devemos procurar nós também neste ano da fé. Como ensina um conhecido monge, (Manicardi): “Não há fadiga tão grande como orar a Deus”. Na verdade, a oração não é apenas a expressão espontânea dos nossos sentimentos mas uma procura constante de diálogo em que escutamos Deus e lhe falamos. A comunicação com Deus próximo mas escondido supõe esforço espiritual: “o combate espiritual da vida nova do cristão é inseparável do combate da oração. (CIgC 2725).
Reconciliação. Dom pascal de Cristo Ressuscitado, o sacramento da penitência ou reconciliação, associado ao dom do Espírito Santo, cura-nos dos pecados e fortalece-nos para o percurso espiritual da vida nova da páscoa. Não deixemos de celebrar este sacramento como expressão da conversão quaresmal. Como afirma o Catecismo da Igreja católica: “Para aqueles que recebem o sacramento da penitência de coração contrito e disposição religiosa, este sacramento é seguido da paz e da tranquilidade da consciência, acompanhadas de uma grande consolação espiritual” (CIgC 1469).
Caridade. A fé age pela caridade e mostra-se nas obras. A caridade leva-nos a abrir o coração aos outros, sobretudo os que mais necessitam, e a partilhar com eles tanto os bens materiais como o afeto, a ajuda e a fé. Num ambiente de insegurança, desalento e individualismo, é necessário que o amor fraterno se traduza numa rede de relação comunitária que a todos integre e faça sentir membros da comunidade cristã.
Vamos destinar a nossa renúncia quaresmal deste ano a uma diocese da Síria, Alepo, uma das cidades mais destruídas e martirizadas pela guerra sangrenta entre o governo dessa nação e as forças rebeldes.
Para viver o ano da fé procuremos participar na “semana da fé” na nossa comunidade, nas “jornadas vicariais festivas” e “no dia diocesano”. Assim podemos crescer na comunhão fraterna e na missão. É o significado da barca, imagem da igreja, onde está presente Cristo que não nos deixa naufragar nas tempestades da vida. Jesus é o Salvador dos Homens (JHS segundo as iniciais latinas indicadas na barca). Procuremos a Sua graça. Ele é “a porta da fé”, “o caminho novo e vivo” que ilumina e transforma a vida. Que a quaresma e a páscoa nos levem a viver e a testemunhar com alegria a nossa fé cristã.

+Manuel Pelino Domingues, Bispo de Santarém